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22 de março de 2017

Cedaeanos fazem manifestação no Ministério Público e cobram uma ação contra a venda da empresa

Os trabalhadores da Cedae fizeram uma grande manifestação na porta do Ministério Público do Rio de Janeiro para cobrar a intervenção do MP no processo da Alerj que autorizou a venda da empresa.

 

Foi protocolado no MP um abaixo-assinado com mais de 11 mil assinaturas, contra a privatização da Cedae, recolhidos entre os cedaeanos e a população. Além do MP, também foram protocolizadas ações no Ministério Público Federal e a OAB/RJ contestando a proposta de privatização e pela manutenção da Cedae estatal, pública e indivisível.

 

A manifestação contou com a presença de vários outros sindicatos e trabalhadores de outras categorias, como UERJ metalúrgicos do Rio e servidores do Muspe. Também esteve no ato uma representação internacional de servidores públicos de Nova York que atuam na área da educação com foco na questão da água, Wayne Spencer e Mike Barry. Foi um ato de muita qualidade, onde os trabalhadores denunciaram a luta em defesa da água pública e destacando a péssima qualidade da água privatizada na sua cidade.

 

Uma comissão formada pelo presidente do Sintsama, Humberto Lemos, o vice-presidente Serjão, Flávio Guedes, o advogado Marcos Neves e os sindicatos de Campos (João Marcos) e Niterói (Serginho) foi recebida pelo Procurador Geral que se colocou a disposição dos cedaeanos e da sociedade para tratar da questão da privatização da Cedae. Também participaram procuradores representantes de todas as seções do Ministério Público. Foram contestados os valores da garantia e os procedimentos adotados na Alerj. O Procurado disse que vai se posicionar em todos os processos que tenham relação com a privatização da Cedae.

 

O valor de mais de R$ 3 bilhões que seria pago pela Cedae foi duramente contestado, pois apenas a estação de Guandu valeria cinco vezes mais.

 

A comissão ainda terá uma agenda com a OAB estadual para tratar também da privatização da Cedae.

 

O presidente do Sintsama-RJ, Humberto Lemos, que fez parte da comissão recebida no MP, defendeu a intervenção do Ministério Público e ressaltou que os trabalhadores continuam na luta para barrar a privatização da Cedae.

 

O presidente nacional da CTB, Adílson Araújo, participou da manifestação e disse que “o Brasil atravessa uma grande crise e que junto com a venda da Cedae está em curso a privatização do país. Essa é a receita do capital contra o trabalho, o que está por trás disso? Uma empresa rentável que o governo golpista de Temer e o Pezão querem entregar ao capital internacional. Outras empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobrás estão sofrendo ataques”.

 

Adílson também criticou a proposta de reforma da previdência do governo Temer e o projeto que congela os recursos para a saúde e outros serviços públicos.

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