Audiência pública na Alerj destaca luta contra a abertura de capital da Cedae e comemora os 25 anos do Sintsama-RJ e da Companhia pública

O presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, deputado Jari Oliveira, ao relatar os problemas advindos com a concessão de parte da Cedae para as  empresas privadas deixou claro que é contra a abertura de capital da companhia. Pediu ainda que a Cedae assine o acordo coletivo com os trabalhadores, com a manutenção da cláusula da garantia de emprego. 

Pelo relatório apresentado na audiência, com o desconto de 22% na água fornecida pela Cedae para as empresas (Águas do Rio), a companhia teve um prejuízo de mais de R$ 800 milhões.

Na audiência, o representante da Cedae disse ainda que não há nenhum estudo que trate da abertura de capital da companhia.

Ao mesmo tempo, essas concessionárias promoveram um aumento nas tarifas cobradas do consumidor bem acima da inflação:

Águas do RioBloco 1:Variação do IPCA (abril de 21 a 24): 21,05%Reajuste acumulado: 46,66%

Bloco 4

Variação do IPCA (abril de 21 a 24): 21,05%Reajuste acumulado: 52,71%

Tais abusos desembocaram em uma denúncia ao Ministério Público, em abril de 2025, solicitando abertura de inquérito sobre o reajuste nas tarifas praticadas pela Águas do Rio e a Iguá.

O vice-presidente do Sintsama-RJ, Humberto Lemos, denunciou que os recursos das concessionárias, todas feitas com capital internacional (Cingapura, Canadá e Japão) estão indo para o exterior. O Sindicato foi representado ainda pelos diretores João Xavier e Paulo Farias (presidente da CTB-RJ).

Além do Sintsama-RJ, na audiência estiveram o Staecnon e o Sindágua, MAB - que trouxe várias lideranças - , além dos deputados Luís Paulo Corrêa da Rocha e Dani Monteiro, vereadores de diversas cidades do interior, Casa Civil, Agenersa, a direção da Cedae, o conselheiro eleito Jorge Briard, e lideranças das comunidades da Providência e da Penha. Também estiveram presentes vários diretores do Sintsama-RJ e trabalhadores da categoria.